Neste dia 18 de maio, dia Nacional de combate ao abuso e violência da criança e adolescente
é urgente e necessário falar sobre as pessoas com deficiência intelectual.
Dados da UNFPA, Fundo de Populações das Nações Unidas, afirmam que em todo mundo meninas e mulheres jovens com deficiências correm o maior risco de violência sexual, sendo muito mais vulneráveis do que seus pares sem deficiência.
Segundo artigo do Movimento Down (www.movimentodown.org.br) : “Médica psiquiatra da Unicamp (Universidade de Campinas), a pesquisadora em violência sexual Cláudia de Oliveira Facuri pontua que estudos indicam de 25% a 70% de chances de uma pessoa com deficiência (cognitiva, auditiva, física) sofrer violência sexual. Aqueles que cometem violência sexual contra pessoas com deficiência muitas vezes convivem socialmente com umas vítimas para acreditar que o abuso é normal e aceitável. As vítimas podem crescer sem entender a diferença entre comportamentos sexuais apropriados e inapropriados”, detalha a especialista`.
O Pipas no Mundo (@pipasnomundo) promove, através da educação e acesso à informação acessível, ações que contribuem na redução da Vulnerabilidade da pessoa com deficiência ao abuso e violência sexual. Nosso objeto é oferecer oportunidade de independência, autonomia e empoderamento para que as pessoas com deficiência intelectual possam ser protagonistas de suas histórias.
A Educação Preventiva, desde a infância, promove todos estes aspectos e oferece instrumentos adequados para que todas e todos possam lidar de forma segura e saudável com diversas experiências do cotidiano. E uma destas situações é a Violência e abuso em que estão sujeitas as pessoas com deficiência. Situação velada e colocada no campo da Invisibilidade.
Diante deste cenário e de números tão chocantes, uma das principais iniciativas é oferecer espaços de EDUCAÇÃO PREVENTIVA. A combinação informação + orientação + escuta afetiva+ redes de apoio pode contribuir muito para a redução da Vulnerabilidade da pessoa com deficiência intelectual.
Uso de linguagem clara e acessível, material de apoio adequado ao interesse e necessidade, espaços de acolhimento, profissionais atentos a identificação de possíveis sinais de abuso, família sensibilizada para o tema, são formas de segurança que a Sociedade pode oportunizar a todos e todas.
Vamos contribuir para que o abuso e a violência não sejam mais invisíveis. Esse fenômeno existe e precisamos jogar luz a essa temática, só assim teremos uma sociedade de fato Inclusiva em todas as suas frentes.
“Estar no mundo já é um fator de Vulnerabilidade para qualquer pessoa. Mas, a vulnerabilidade será muito maior para a pessoa com deficiência intelectual se ela não participar de espaços adequados que lhe garanta: informação, educação, prevenção e promoção da autonomia. E com isso ter apoio e condições de igualdade para lidar com as situações de violência e abuso de qualquer espécie (Psicólogas Fernanda Guilardi Sodelli e Lilian Galvão, idealizadoras do Pipas no Mundo )”.